https://www.wired.com/2016/07/natures-hidden-order-reveals-birds-eye/
El País: “Assassinos do metrô torceram o coração de uma cidade”
Sobre fobias, ódios, a banalidade do mal e o heroísmo de Luiz Carlos Ruas.
“…por trás de tudo isso, há um número brasileiro que se repete ano a ano sem que nada mude. O número, do qual Ruas provavelmente nunca ouviu falar e do qual agora faz parte, revela que 328 LGBTs morreram em decorrência da homofobia e transfobia em 2016
[…] O número, importante dizer, é considerado subestimado, já que as ocorrências que o compõe são apenas as que ganham repercussão na mídia.
[…] A cidade consegue viver o luto com Maria depois de assistir ao doloroso assassinato nas imagens captadas pelo Metrô. Mas muitas vezes deixa de se sensibilizar com outras mortes parecidas porque elas são só números, sem registro em vídeo da covardia que está por trás desses homicídios.
[…] É verdade que haverá quem questione a inclusão da morte de Índio na estatística – como as discussões nas redes sociais já começaram a mostrar. Mas isso não deveria entrar em questão. É que não é por acaso que as travestis agredidas estavam lá. Ao pedir para que os agressores parassem, foi a realidade delas, moradoras de rua, que o ambulante defendeu. Ao defendê-la, tornou-se parte dela própria.”
“Não sou uma má pessoa”, tentou argumentar Ricardo Martins, um dos seus algozes, quando chegava algemado à delegacia. A “cachaça”, segundo ele, explicaria o estado alterado que o levou, por instinto raivoso, a atacar quem o contrariou. Foi por instinto também que Ruas defendeu quem era mais vulnerável que ele. A tênue fronteira entre o ódio e o altruísmo lhe custou a vida.
André de Oliveira, em El País: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/28/politica/1482956825_817369.html
20a Mostra de Cinema de Tiradentes – Oficinas
Em Janeiro, aqui em Tiradentes, tem a 20. Mostra de Cinema, que sempre é legal. Nesta edição, as atrizes Leandra Leal e Helena Ignez são as homenageadas.
Quem acompanha o blog já percebeu que adoro cinema. Pois desta vez, além de ver filmes, pretendo fazer uma das oficinas. Ando com algumas idéias para audiovisual e quero ver se finalmente começo a colocar algo em prática.
- Assistência de Direção
Instrutor(a): Marcelo Caetano – SP- Direção de atuação para cinema
Instrutor(a): Ricardo Alves Jr. – SP- GIF Lumiére – Mostra Tiradentes 20 anos
- Instrutor(a): Henrique Kopke – MG
- Noções básicas de montagem e edição
Instrutor(a): Daniel Brandi do Couto –- Realização em Curta Digital
Instrutor(a): Luiz Carlos Lacerda – RJOficinas de fotografia e cinema – infanto-juvenil
- Animadíneos – Stop Motion
Instrutor(a): Henrique Kopke – MG- Trilha Sonora Aplicada
Instrutor(a): Márcio Brant e Felipe Fantoni – MG- Cinema, artes plásticas e meio ambiente
Instrutor(a): Daniella Penna – MG- Por Trás da Câmera
Instrutor(a): Anna Rosaura Trancoso e Bete Bullara – RJ- Pinhole: Fotografia sem câmera
Instrutor(a): Bete Bullara – Cineduc – RJFonte: site d’A Pousadium, uma pousada gosta no centro histórico.
Se você, leitor do blog, vier para a mostra, dê um toque para tomarmos um café ou uma cerveja.
Cine Rooftop, isto rooftop, aquilo rooftop? Que jeca.
Juro que é a última ranzince deste tipo este ano e prometo diminuir no ano que vem. Mas rooftop é jeca demais.
Ou como diziam os romanos antigos: De anus rooftopis penis est.
Idiotice política: se você é contra a PEC 241 você é contra o Brasil
Vi este popup no Estadão em outubro. Tremenda imbecilidade dizer que quem é contra a PEC 241/55 é contra o Brasil. Aceitar as coisas sem questionar é burro e perigoso. Devia ter clicado para saber quem é o interessado num Brasil mais burro.
Estados brasileiros em crise. Crise do Estado Brasileiro.
Depois de Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, agora é Minas Gerais que decreta estado de calamidade pública financeira. Agora que vivo um #MinasUaiOfLife [1], estou “adorando”.
E isto só evidencia:
- Os estados brasileiro estão quebrados ou quebrando (alguns estão escondendo melhor).
- A quebradeira e mal uso do dinheiro público é suprapartidária e revela a profundidade da ineficiência do estado brasileiro [2].
- O Estado brasileiro e o pacto federativo, incluindo questões tributárias, precisam se revistos com urgência.
O decreto permite que regras da Lei de Responsabilidade Fiscal sejam flexibilizadas por causa de condições atípicas. Podem ser alteradas, por exemplo, as regras que punem gestores que ultrapassem os limites de gastos com servidores, atrasos no pagamento de dívidas e a extinção de órgãos públicos.
A calamidade é decretada em situações graves, em que governadores avaliam enfrentar situações extremas em suas gestões que podem colocar em risco a população do estado. De acordo com a Constituição, os casos de calamidade permitem também que governantes tomem os chamados empréstimos compulsórios e libera a população atingida para usar parte dos recursos do Fundo de Garantida por Tempo de Serviço
Segundo o governador, o momento de calamidade financeira é “reflexo da queda de arrecadação em vários setores”, principalmente no mercado de commodityes que atingem diretamente a economia mineira. O texto cita ainda que o “crescimento dos gastos nos últimos anos não foi acompanhado pelo crescimento das receitas”, tornando a situação da administração estadual crítica.A dívida do estado com a União também foi citada como um dos fatores que levou o governo de Minas a pedir pela decretação de emergência. “A dívida do estado junto a União, cujo contrato foi balizado no passado em outras condições econômicas representa um gasto expressivo e que continua crescendo”, diz a mensagem.
Em 2016, outros dois estados brasileiros já decretaram estado de calamidade pública em âmbito financeiro. O primeiro foi o Rio de Janeiro, em junho, poucas semanas antes da realização da Olimpíada do Rio. O governo do Rio justificou que somente com a situação de emergência seria possível realizar os Jogos. O mais recente foi o Rio Grande do Sul, que em novembro tomou a medida por causa do rombo nas contas públicas.
[1] = Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial
CC BY-NC (saiba mais em https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 )
[2] isto não significa que ele não é necessário, apenas que precisa ser mais eficiente e transparente
WordPress Foundation vai financiar Black Girls Code e outras iniciativas
Muito bacana, a WordPress Foundation vai financiar algumas iniciativas bem legal em 2017. Entre elas, o Internet Archive e Black Girls Code.
Quem sabe no futuro também financiam as iniciativas semelhantes que temos no Brasil?
Vi na palestra de encerramento do WordCamp US, State of Word, com o Matt Mullenweg.
David Simon, The Wire e as mazelas da sociedade
Uma palestra ótima do David Simon, criador de The Wire, uma das melhores séries já feitas para a TV e também de “Show me a hero”, outra série, mais recente, bem bacana.
“Nós vamos fazer uma grana com isto. Nós vamos fazer uma fortuna destruindo vidas humanas.”
“… nós temos um novo produto, se chama Encarceramento. Nós vamos vender Encarceramento para você e podemos prometer 4,5,6% de crescimento.”
“Companies are going to wall street and saying: we have this great new product and is called Incarceration. We gonna sell you Incarceration and we can promisse you 4,5 % growth […] We gonna make more money on this. We gonna make more money on destroying human beings.”