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Celso Bessa (sɛwsʊ bɛ:sa)

Prefiro construir pontes a muros

El País

A arte de manipular multidões – Técnicas para mentir e controlar as opiniões

28 agosto, 2017 por Celso Bessa

A arte de manipular multidões: Técnicas para mentir e controlar as opiniões se aperfeiçoaram na era da pós-verdade: nada mais eficaz do que uma mentira baseada em verdades ou sutilmente envolta nelas.

Coluna de Álex Grijelmo no El País.

https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/22/opinion/1503395946_889112.html

Arquivado em: sociedade Marcados com as tags: El País, manipulação, Pós-verdade

“O povo que se lixe. O povo saiu da equação.”

21 agosto, 2017 por Celso Bessa

A presidência do Brasil hoje está nas mãos de um homem que não tem nada a perder desagradando seus eleitores, porque sequer tem eleitores. E sabe que dificilmente recuperará qualquer capital eleitoral. Sua salvação está em outro lugar. Sua salvação está nas mãos daqueles que agrada distribuindo os recursos públicos que faltam para o que é essencial e tomando decisões que ferem profundamente o Brasil e afetarão a vida dos brasileiros por décadas.

Temer goza da liberdade desesperada – e perigosa – dos que já têm pouco a perder. O que ele tem a perder depende, neste momento, do Congresso e não da população. Assim como depende das forças econômicas promotoras do impeachment continuarem achando que ele ainda pode fazer o serviço sujo de implantar rapidamente um projeto não eleito, um projeto que provavelmente nunca seria eleito, tarefa que ele tem desempenhado com aplicação. Então, o povo que se lixe. O povo saiu da equação.

Democracia sem povo, mais uma coluna foda da Eliane Brum no El País.

Clique na imagem para ler o artigo de Eliane Brum no jornal El País

Arquivado em: sociedade Marcados com as tags: democracia, El País, Eliane Brum, Michel Temer, política

Eliane Brum: “A reação diante do assassinato do carroceiro risca um limite no país sem limites”

24 julho, 2017 por Celso Bessa

“No Brasil em que um denunciado por corrupção segue ocupando a presidência e, para se manter no poder, rifa a Constituição e compra deputados com o dinheiro público que falta para o essencial; no Brasil em que a pauta não eleita avança numa velocidade antes nunca vista, mastigando direitos conquistados em décadas; no Brasil em que o maior líder popular da redemocratização foi condenado pela Lava Jato e seu partido se recusa a fazer autocrítica, porque acha que não deve nenhuma explicação à população sobre o fato de ter se corrompido no poder; no Brasil em que tudo isso acontece e a maioria prefere dormir no sofá (enquanto ainda o tem) a ocupar as ruas para lutar pelos seus direitos… algo transformador finalmente aconteceu.

Na quarta-feira, 12 de julho, às 18h, o catador de material reciclável Ricardo Silva Nascimento, de 39 anos, negro, foi executado com pelo menos dois tiros na altura do peito por um policial militar branco, de 24 anos. Ricardo tinha um pedaço de pau na mão. O PM teria mandado que baixasse, e ele não baixou. Em vez de ser imobilizado, foi assassinado. Este é o cotidiano das periferias do Brasil, determinado pelo braço armado do Estado, com a conivência da população que naturalizou o genocídio dos pobres e negros. Qual era a diferença?

Ricardo foi assassinado pela PM no bairro de classe média de Pinheiros, em São Paulo. Foi assassinado diante de moradores desacostumados com a barbárie corriqueira nas favelas. Era gente que passeava com seu cachorro, que entrava no supermercado Pão de Açúcar, que chegava ou saía de casa vinda do trabalho ou do consultório, ou indo para a yoga, a academia, encontrar um amigo. Era gente que não está acostumada a testemunhar uma execução cometida por um agente público.”

Trechinho do ótimo texto da Eliane Brum no El País

  • Link da Coluna de Eliane Brum
  • Link do El País

reproduçao de tela com foto de multidão em rua e os dizeres: E se a classe média de Pinheiros tivesse se omitido? A reação diante do assassinato do carroceiro risca um limite no país sem limites

Arquivado em: sociedade Marcados com as tags: corrupção, El País, Eliane Brum, justiça, Pimp My Carroça, Ricardo Silva Nascimento, são paulo, sociedade, violência

Um conselho para policiais honestos: “Esteja pronto para dizer não”

2 julho, 2017 por Celso Bessa

O livro que estou lendo agora (Black Earth – The Holocaust as History and Warning) e o próximo da lista (Sobre a tirania – Vinte lições do século XX para o presente) são de um historiado, Timothy Snyder, com perspectivas bem argutas sobre a origens da 2.a Guerra Mundial, a ascensão do nazismo e fascismo e como a população civil colaborou para a ocorrência do Holocausto.

Sobre a Tirania foi lançado no Brasil e a jornalista Eliane Brum comenta sobre ele no artigo em https://brasil.elpais.com/brasil/2017/05/29/opinion/1496068623_644264.html , contextualizado bem o assunto para o momento que vivemos por aqui. E digo, seja qual sua matiz política, que você deveria ler.

Seguem algumas aspas do artigo e do livro:

“Um conselho para policiais honestos: ‘esteja pronto para dizer não'”

“Silenciar é o primeiro ato de desumanização do outro”

“Um país que não para quando a PM usa armamento letal numa manifestação já naturalizou a tirania.”

“Resistir ao autoritarismo é deixar de reagir por reflexo – e passar a reagir por reflexão”

“Chamar manifestante de “vândalo” é estratégia para tirar a legitimidade de manifestações que contrariam os interesses dominantes” […] “vale a pena cada um se perguntar quem vandaliza o quê neste país antes de começar a chamar o outro de “vândalo”. Porque um dia, e ele pode não demorar, o “vândalo” pode ser você.”

“Pense bem antes de sair repetindo o triunvirato autoritário: chamar o outro de “vândalo”, repressão de “confronto” e manifestação de “baderna””

Letras de diferentes tamanhos, formando a frase Sobre a Tirania
Capa de Sobre a Tirania, de Timothy Snyder

Arquivado em: Livros Marcados com as tags: artigo, El País, Eliane Brum, fascismo, nazismo, sociedade, Timothy Snyder

El País: “Assassinos do metrô torceram o coração de uma cidade”

29 dezembro, 2016 por Celso Bessa

Sobre fobias, ódios, a banalidade do mal e o heroísmo de Luiz Carlos Ruas.

“…por trás de tudo isso, há um número brasileiro que se repete ano a ano sem que nada mude. O número, do qual Ruas provavelmente nunca ouviu falar e do qual agora faz parte, revela que 328 LGBTs morreram em decorrência da homofobia e transfobia em 2016

[…] O número, importante dizer, é considerado subestimado, já que as ocorrências que o compõe são apenas as que ganham repercussão na mídia.

[…] A cidade consegue viver o luto com Maria depois de assistir ao doloroso assassinato nas imagens captadas pelo Metrô. Mas muitas vezes deixa de se sensibilizar com outras mortes parecidas porque elas são só números, sem registro em vídeo da covardia que está por trás desses homicídios.

[…] É verdade que haverá quem questione a inclusão da morte de Índio na estatística – como as discussões nas redes sociais já começaram a mostrar. Mas isso não deveria entrar em questão. É que não é por acaso que as travestis agredidas estavam lá. Ao pedir para que os agressores parassem, foi a realidade delas, moradoras de rua, que o ambulante defendeu. Ao defendê-la, tornou-se parte dela própria.”

“Não sou uma má pessoa”, tentou argumentar Ricardo Martins, um dos seus algozes, quando chegava algemado à delegacia. A “cachaça”, segundo ele, explicaria o estado alterado que o levou, por instinto raivoso, a atacar quem o contrariou. Foi por instinto também que Ruas defendeu quem era mais vulnerável que ele. A tênue fronteira entre o ódio e o altruísmo lhe custou a vida.

André de Oliveira, em El País: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/28/politica/1482956825_817369.html

Arquivado em: blog Marcados com as tags: André de Oliveira, direitos civis, El País, homofobia, LGBT, sociedade, violência

Black Blocs, A Morte do Jornalismo e alguns Zumbis

11 setembro, 2016 por Celso Bessa

É uma matéria sobre black blocs que elucida um pouco o assunto, mas o artigo Black bloc: a tática fugidia que desnorteia e assusta SP, no El País fala muito também sobre o jornalismo e a sociedade.

diversos manifestantse em foto na página do artigo Black bloc: a tática fugidia que desnorteia e assusta SP no El País
O El País é um dos lugares onde jornalismo ainda é tratado de forma séria

Não sou jornalista, então provavelmente minha perspectiva é falha, mas penso que o Jornalismo(*) morreu e o que existem são algumas/uns Jornalistas (*) aqui ou ali, sobreviventes num apocalipse zumbi. E me parece que o El País é um dos bunkers onde eles se escondem e procuram sobreviver e continuar Jornalistas (*).

“Não existe movimento black bloc, tampouco existe uma organização que hierarquize decisões. O que há é a tática, o modo de agir, o modo de vestir. É muito mais uma ideia de ação difusa que parte de pessoas que pertencem a grupos sociais e ideológicos diferentes e, vez ou outra, até mesmo conflitantes. O manifestante identificado como black bloc de hoje é diferente do de amanhã e extremamente diferente do de um, dois anos, atrás.

Tome o Heitor Martins, 19 anos, como exemplo. Ele participa de um grupo antifascista, atua em um movimento social clássico com uma história de mais de 20 anos, é filho de uma família de classe média de periferia que conseguiu certa ascensão social com um negócio próprio nas últimas décadas, fala três línguas fluentemente e está caminhando para a quarta. Quer ser diplomata e estuda em uma das mais conhecidas universidades particulares de elite de São Paulo (onde conta com uma bolsa do Governo). Nas recentes manifestações anti Temer, esteve na linha de frente, vestido de preto, com lenço no rosto e indumentárias próprias da estética deste grupo. Cordial no sentido mais clássico da palavra, questionador das ideias dos outros e de suas próprias, está longe do estereótipo do manifestante mascarado e incendiário que quer quebrar tudo a qualquer custo.”

Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/10/politica/1473461724_961425.html

(*) = Antes de chilique, repare na maiúscula e pense um pouco.

Arquivado em: sociedade Marcados com as tags: Black Bloc, El País, Eliane Brum, jornalismo, Maria Martín, política, reportagens, sociedade

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