“- Menino, o que você está fazendo neste banheiro? – Prevenindo câncer de próstata!”
Notícia em inglês, no I Fuckin’ Love Science
Prefiro construir pontes a muros
por Celso Bessa
“- Menino, o que você está fazendo neste banheiro? – Prevenindo câncer de próstata!”
Notícia em inglês, no I Fuckin’ Love Science
por Celso Bessa
Algumas semanas atrás, uma cena de estupro na série de TV Game of Thrones foi combustível para discussões por toda a semana. Muita gente, muita gente mesmo, criticou o excesso de violência e abusos contra as mulheres na série, que é bem violenta em todos os aspectos, com toda sorte de abusos que se possa imaginar.
Numa longa conversa por email com minha sobrinha sobre o assunto, entre outras coisas, discordei desta postura. Disse “entendo o asco, entendo o incômodo, pois eu também o sinto, mas mostrar os monstros e encará-los de frente é a melhor forma de combatê-los“.
Mais ou menos na mesma época, algumas meninas foram estupradas, espancadas e jogadas de um barranco no Piauí. 10 dias depois, uma delas morreu. O quão longe é a realidade e da ficção?
A ocorrência reforça a necessidade de se conversar mais sobre violência contra as mulheres, machismo e tantos outros assuntos nas casas, nas escolas, igrejas, clubes, empresas, happy hours e em programas de TV que criem asco, que revoltem. Como disse em outro trecho desta conversa: “É para pensar o mundo que criamos o drama, o teatro, o storytelling, os mitos. O nojo com o que acontece em Westeros é uma forma de expressar o nojo que sentimos com o mundo que habitamos, levando todo mundo a discutir a cultura do estupro…. talvez, se tivesse acontecido durante a invasão da América, nas Cruzadas, na década de 1930 não teríamos […] tanta gente sendo estuprada todo dia.”
Mas falar sobre o assunto quando vemos isto na TV é só a pontinha do Iceberg.
Há muito que ser feito para proteger mulheres e crianças, assim como combater a homo/transfobia, xenofobia, racismo(*). Precisamos de leis duras, precisamos que estas sejam cumpridas, precisamos educar e muito, muito mais. Até mesmo coisas mais “banais”.
No caso específico de Castelo do Piauí, talvez as vítimas e familiares possam ter um pouco da dor aliviada se souberem que têm apoio moral e psicológico de pessoas no país todo. E com isto em mente, está sendo feita uma vaquinha para mensagens de apoio e arrecadar fundos para assistência jurídica, psicológica e médica.
É óbvio que mensagens de apoio e doações não bastam mas, além do importante apoio neste momento, a campanha pode repercutir o assunto, criar pressão social e levantar ainda mais discussões em famílias, grupos de amigos e colegas de trabalho, e talvez ajude a tirar pessoas da letargia em que se encontram.
Então, vamos ajudar? Clique aqui ou na imagem abaixo para acessar o Vakinha.com e fazer sua doação.
Se não puder doar, divulgue! É rápido, mas não é banal.
* = para os falaciosos de plantão: todos devem ser protegidos sim, mas vamos começar por quem está menos guarnecido e em situação BEM mais desfavorável.
Este post tem os comentários bloqueados, pois este tipo de assunto costuma atrair muito espírito de porco.
por Celso Bessa
A nova versão do MacOs se chama El Capitan. Para quem não sabe, é o nome de uma formação rochosa no parque Yosemite nos EUA. Yosemite é o nome da versão atual do sistema operacional da Apple e a “casa” do fantástico fotógrafo americano Ansel Adams, falecido em 1983, e onde ele fez diversas de suas mais famosas fotografias, incluindo uma que se chama El Capitan.
Em uma entrevista que fiz no ano passado, Michael Adams, filho de Ansel, comentou que quando conheceu Steve Jobs, este disse que era fã de Adams e que tinha várias fotografias deste em casa, incluindo diversas de … Yosemite!
O filho do lendário fotógrafo norte-americano disse não saber se o sistema operacional era, de fato, uma homenagem de fato, até por que Jobs já havia falecido quando o MacOs Yosemite foi lançado, mas visto que tanto Ansel Adams quanto Steve Jobs eram perfeccionistas e de apurado senso estético, é bem provável que sim.
por Celso Bessa
Clique na imagem abaixo para ver infográfico explicando as vantagens e desvantagens de drones e helicópteros na hora de fazer fotografias e filmagens aéreas.
por Celso Bessa
Quando se aplaca uma grande discórdia
Sempre resta alguma discórdia.
(Lao Tsé, Tao Te Ching)
Aconteceu durante um carnaval nos anos 1980, quando eu devia ter uns 7 ou 8 anos e minha mãe me levou à matinê. Por muito tempo, esqueci da história, mas uns anos atrás me lembrei dela e de como ela define bem um traço de minha personalidade no que diz respeito a conflitos.
Naquela época difícil, de vacas magérrimas, eu era pequeno, desnutrido, tímido e alvo fácil dos valentões da rua e da escola. Mas naquele dia não: vestido de Batman, era mais que um mini-folião, eu era o próprio herói, ainda que a versão bonachona da velha série de TV.
Já estava empolgando com tantas marchinhas, rindo e cantando o que considerava o melhor refrão que poderia haver para uma música (“eu mato! eu mato! quem roubou minha cueca para fazer pano de prato!“) quando dois meninos maiores chegaram na minha frente, apontaram o dedo e gritaram, gargalhando:
“- Super-homem fraco!”
Olhei para trás para ver com quem estava falando e ao perceber que era comigo pensei: “Que burros! Eu sou o Batman!”
Não dei bola, sai de perto e fui para outro canto do salão. Minutos depois, ouço de novo aquelas vozes chatas:
“- Super-homem fraco!”
Saí novamente de perto, inconformado com o tamanho da burrice ou da chatice da dupla. Fui para o canto mais remoto do salão.
Passaram-se mais alguns minutos, e os meninos se posicionaram à minha frente, bem pertinho de mim. O maior começou a gritar, ainda mais alto:
“Super-homem fraco! Super-homem… AAAAAIIIIII.”
Tomou uma bica na canela e caiu no chão.
Dancei sossegado o resto da matinê.
por Celso Bessa
Tem dois programas do grupo de desenvolvedores Google que acho ótimos exemplos de como fazer vídeos sobre assuntos técnicos sem serem (muito) chatos. E como discutir tecnologia fugindo dos clichés, praticamente sem usar computadores, telas de códigos e outros lugares comuns.
Se você é o publico-alvo, vai amar, mas mesmo que você não entenda nada destes assuntos, não há como negar que os vídeos da série Compressor Head são divertidos e meio malucos, mas conseguem manter a atenção e serem pedagógicos ao ponto de até mesmo leigos entendere muitos conceitos cabeçudos de computação e ciência da informação. Novamente, fugindo de clichés e quase sem usar computadores.
Outro que gosto é a série HTTP 203, que consegue trazer discussões profundas – técnicas e conceituais – sobre o “fazer internet”, de um jeito bem informal, e rápido!
Dois grande exemplos de como pensar fora da caixa e criar engajamento no seu conteúdo. Espero poder fazer algo bacana assim também quando começar a fazer vídeos para meus projetos.
E você, o que achou dos vídeos? Conhece outros programas que também saem da caixa como estes?
por Celso Bessa
Valley of Uncanny, quando os seres humanos se incomodam com cópias muito realistas de seres humanos como bonecos de cera, humanos em computação gráfica, aquelas bonecas sexies ultra-realistas, etc. Em inglês:
http://www.livescience.com/16600-cgi-humans-creepy-scientists.html
por Celso Bessa
Acabei de ver no The Next Web que a companhia telefônica Verizon está comprando a AOL, que é dona de 3 dos mais importantes blogs em inglês (Engadget, Techcrunch e Huffington Post). O artigo demonstra preocupação com a possibilidade destes veículos perderem a imparcialidade, em especial sobre a neutralidade de rede, assunto que a Verizon tem muito interesse em influenciar. Preocupação que eu compartilho.
the fact that a company that has actively attempted to suppress conversations about net neutrality and government spying in the past now owns many powerful media properties, is worrying.
Leia o original em http://thenextweb.com/insider/2015/05/12/verizons-deal-to-buy-aol-will-make-life-uncomfortable-for-techcrunch-and-engadget/