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Celso Bessa (sɛwsʊ bɛ:sa)

Prefiro construir pontes a muros

Queermuseu

Link: acordo entre MPF e Santander sobre a mostra Queermuseu (Nexo Jornal)

12 janeiro, 2018 por Celso Bessa

Sinceramente não tenho muito claro se acho este acordo entre MPF e Santander sobre a mostra Queermuseu. Seguem alguns trechinhos e sugiro leitura da íntegra no Nexo Jornal.

Em termo de compromisso, braço cultural do banco fica obrigado a realizar duas novas mostras com foco em diversidade

[…]

O acordo foi uma saída encontrada pelo MPF depois que uma tentativa de fazer com que o banco retomasse a exposição, em setembro de 2017, não deu certo. O Santander Cultural disse na época que não tinha obrigação de realizar ou ceder espaço para a Queermuseu outra vez.

[…]

O curador emitiu uma nota em que chama de “incompreensível e injustificável” a solução alcançada pelo MPF e pelo braço cultural do banco. “Além de isentar o banco Santander, de toda a culpa pelo crime que cometeu à arte e a cultura brasileira quando fechou a exposição, este estabelece como suposta reparação apenas o cumprimento da rotina que o Santander Cultural já executa, ou seja, aquela de realizar exposições”, escreveu Fidélis.

[…]

O acordo também recebeu críticas do MBL (Movimento Brasil Livre), responsável pela mobilização nas redes sociais que resultou no cancelamento da mostra.

Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/01/12/Como-é-o-acordo-entre-MPF-e-Santander-sobre-a-mostra-Queermuseu

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Vídeo: Pênis é arte? (Juventude em Debate)

3 janeiro, 2018 por Celso Bessa

A Ameaça dos Museus – Pênis é arte? Vídeo genial do canal Amada Foca para estes tempos de idiotice generalizada.

“Estas artes abstrata eu não entendo!”

 

Arquivado em: arte Marcados com as tags: Amada Foca, autoritarismo, censura, obcurantismo, Queermuseu, sociedade, vídeos

Link: O corpo não pornográfico existe

3 outubro, 2017 por Celso Bessa

“O corpo não pornográfico existe“, um ótimo texto de Ivana Bentes na Revista Cult. Segue um trecho, mas recomendo a leitura do texto inteiro no site da revista.

O corpo não pornográfico existe

A onda de histeria coletiva produzido pelos movimentos conservadores começa a ter um padrão que se repete e está diretamente relacionada a uma lente de aumento e distorção colocada sobre fatos que durante décadas não tiveram qualquer visibilidade e nem produziram polêmicas. Pelo menos no Brasil, a nudez pública, apresentada inúmeras vezes nas últimas Bienais de Arte, exposições e centro culturais, não “chocaram” ninguém. Ou não obtiveram a repercussão que hoje se produz com o uso das redes sociais.

As “blitz” morais seguem os mesmos tipos de estratégias utilizadas para constranger professores e estudantes em campanhas como o “Escola Sem Partido”. Focam não mais apenas nos processo de corrupção no campo da política, mas também no que seria a “corrupção do caráter”, algo muito próximo do pensamento religioso que fala no pecado por “pensamentos, palavras, atos e omissões” numa espécie de cruzada nacional pela moral e bons costumes que reedita a TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade) em versão pós-memética e digital.

As operações são capitaneadas pelo MBL (Movimento Brasil Livre) a partir de resultados bem sucedidos de viralização de versões e leituras intencionalmente deturpadas para produzir indignação, comoção e criminalização. Trata-se do “senso comum” manipulado como arma política para produzir fascismos!

O MBL está se especializando em produzir escândalos a partir do imaginário do medo. Medo do estupro, medo da pedofilia, medo da pornografia, medo da nudez, medo do corpo de um homem nu e medo de “expor” crianças a situações de violação. Medos reais e concretos que, amplificados, alimentam uma demanda conservadora por censura, repressão e criminalização dos comportamentos.

Quem são os inimigos a destruir?

Os grupos conservadores encontraram um filão: a arte contemporânea, em que obras que tratam ou expõe nudez, problematizam a vergonha e a negação do corpo, rompem com o senso comum e fazem avançar nossa percepção são alvos de acusações “fora de lugar”. Uma cena de sexo em uma tela vira pornografia, a representação de aspectos da sexualidade humana se torna “perversão”.

“Todas essas constatações nos fazem presumir que a intenção dos movimentos de esquerda é, de no futuro próximo, pretenderem o fim do crime de pedofilia e liberarem o sexo entre adulto e crianças”, afirmou de forma alucinatória e alarmista o advogado Pierre Lourenço, convocado pelo MBL para dar respaldo “jurídico” às acusações de pedofilia e pornografia na performance do artista Wagner Schwartz. […]

Íntegra na Revista Cult, em https://revistacult.uol.com.br/home/ivana-bentes-o-corpo-nao-pornografico-existe/

 

Site da Revista Cult

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Momento Boça: “Nossa! A exposição tem pedofilia, meu!”

15 setembro, 2017 por Celso Bessa

Se você parte do Movimento Boçais Livres e acha que a exposição Queermuseu no Santader Cultural de Porto Alegre instiga pedofilia, o Reinaldo Azevedo tem alguns recados para você:

“Quem confunde uma representação com a coisa, ou é um fundamentalista ou um idiota […] Quer ser de direita, seja de direita mas não seja boçal. Quer ser de esquerda, seja de esquerda mas não seja boçal.“.

O que Reinaldo Azevedo, o cara que apoiava o MBL, disse sobre o QueerMuseu:

Posted by Raiz da Questão on Wednesday, September 13, 2017

Como disse a @Fernanda Hartmann: “Estou passada. Vivi para concordar com Reinaldo Azevedo.”

Sim, estou passadA.


Falando em arte e Movimento Boçais Livres, vamos a uma fotografia de um integrante do movimento emitindo opinião sobre o assunto.

home com peruca, nariz grande falso e olhar perdido, acima frase "Nossa! A exposição tem pedofilia, meu!"
Integrante do Movimento Boçais Livres emitindo sua opinião bem fundamentada sobre política, arte e pedofilia. (/ironia)

Arquivado em: blog Marcados com as tags: arte, autoritarismo, bancos, censura, conservadorismo, Cultura, fascismo, liberdade, liberdade de expressão, MBL, Movimento Boçais Livres, Movimento Brasil Livre, nazismo, patrulhamento político, policiamento político, política, Queermuseu, religião, religiões, religiosos, Santander, Santander Cultural, sociedade

Sinto-lhes dizer, mas o obscurantismo canalha e burro venceu.

14 setembro, 2017 por Celso Bessa

Senhoras e senhores esclarecidos, sinto-lhes dizer, mas o obscurantismo canalha e burro venceu. Anotem aí para escrever depois nos livros de história: nossa Noite Dos Cristais começou com o fechamento da exposição Queermuseu.

Polícia vê incentivo à pedofilia e apreende quadro exposto no Marco

Obra estava no espaço de arte desde junho deste ano, mas só agora provocou polêmica

O delegado que foi ao local, Fabio Sampaio, acatou o argumento e apreendeu uma das obras, alegando que há incitação ao crime. Antes mesmo da polícia chegar ao local, a direção do museu já havia imposto censura para menores de 18 anos à exposição. Além disso, a sala onde ocorre a mostra recebeu película escura nos vidros das portas.

Coordenadora do Museu, Lucia MontSerrat, afirmou que estava triste com o episódio. Indagada se vê problema no quadro, ela respondeu que vê, na verdade, uma denúncia à sociedade. A imagem reproduz a figura de um homem, com o órgão genital aparente, e uma criança em tamanho menor. A menina tem olhos grandes. Como figura de fundo, está um olho. A pintura também tem escrita a frase: o machismo mata, violenta e humilha.

Íntegra em https://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/policia-ve-incentivo-a-pedofilia-e-apreende-quadro-exposto-no-marco

Site Campo Grande news, reproduzindo obra do artista
(Foto: reprodução do site Campo Grande News com obra da artista Alessandra Cunha, a Ropre)

Artista tentou combater o machismo e a pedofilia, mas foi julgada no Cadafalso

Deputados pegam carona na polêmica de exposição no Santander e acionam polícia contra mostra no Marco

O conjunto de obras da artista não tem estética fácil, dada ao público para ser mastigado, engolido e compreendido de forma imediata. Com uso de cores fortes, imagens de sofrimento e destaque para o corpo masculino, Alessandra Cunha incomodou parte da sociedade sul-mato-grossense. Mas é justamente esse, lembra ela, o papel da arte. A ‘gota d’água’ para os conservadores foi o nome de uma das obras: pedofilia.

O quadro em questão tenta alertar para uma violência que deriva, entre outras questões, do machismo, relata a artista. A discussão trazida por Ropre é, inclusive, corroborada pelos índices de violência contra meninas – crianças e adolescentes -, e que ocorrem, na maioria das vezes, dentro da própria casa.

“Minha produção é sempre pensada em uma crítica social, mas é a primeira exposição focada mesmo em um tema isolado [violência contra a mulher] que é cheio de tabus mesmo, então provoca um incômodo em todo mundo, isso é comum. Eu quis meio que levar isso ao extremo, tanto é que a gente ve sempre usarem o corpo da mulher [na arte], e eu fiz exatamente o contrário, usei o corpo do homem, focando principalmente no falo [pênis] porque a gente vive em uma sociedade falocêntrica, e eles usam isso para estabelecer poder, então eu tinha que tocar na ferida mesmo e é um tema bem difícil”, explica.

https://www.campograndenews.com.br/lado-b/artes-23-08-2011-08/artista-tentou-combater-o-machismo-e-a-pedofilia-mas-foi-julgada-no-cadafalso

Quando chega no ponto que deputados não conseguem (ou não querem) entender o que um quadro como este está dizendo, e a polícia acata o que estes deputados erroneamente imputam à uma obra de arte, logo depois do caso idiota no Santander Cultural, é sinal de que — fortalecido por burrice, analfabetismo funcional e incapacidade cognitiva galopantes — o obscurantismo defendido pelo Movimento Boçais Livres ganhou.

Fonte: https://www.campograndenews.com.br/lado-b/artes-23-08-2011-08/artista-tentou-combater-o-machismo-e-a-pedofilia-mas-foi-julgada-no-cadafalso

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Links Relacionados

  • https://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/policia-ve-incentivo-a-pedofilia-e-apreende-quadro-exposto-no-marco
  • https://www.campograndenews.com.br/lado-b/artes-23-08-2011-08/artista-tentou-combater-o-machismo-e-a-pedofilia-mas-foi-julgada-no-cadafalso
  • https://www.dw.com/pt-br/1938-o-pogrom-da-noite-dos-cristais/a-672173
  • https://www.ushmm.org/outreach/ptbr/article.php?ModuleId=10007697
  • Queermuseu e o obscurantismo dos cidadãos de bem, Revista CULT
  • Exposição Queermuseu/Santander, Liberdade de Expressão e Idiotice Generalizada

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Queermuseu e o obscurantismo dos cidadãos de bem, Revista CULT

14 setembro, 2017 por Celso Bessa

Artigo obrigatório de Renan Quinalha no site da Revista Cult, sobre a polêmica do cancelamento da exposição Queermuseu no Santander Cultural em RS. Destaco alguns trechos abaixo, mas sugiro ler o artigo na íntegra no site da revista, em https://revistacult.uol.com.br/home/queermuseu-e-o-obscurantismo-dos-cidadaos-de-bem/

Diferença entre representação artística e apologia

Em primeiro lugar, é preciso tomar como ponto de partida a diferença entre a realidade e a representação. Não é preciso evocar teorias para constatar que a arte não é a realidade, mas uma representação desta em diferentes linguagens (como a fotografia, a pintura, a escultura, a performance etc).

Além disso, é preciso frisar que exibir, em linguagem artística, determinada cena erótica, um ato obsceno ou mesmo uma conduta repulsiva não configuram elogios ou apologias. Aliás, é preciso registrar que a mostra Queermuseu não fazia qualquer apologia a crime.

Representar sob a forma da obra de arte pode ser, inclusive, uma forma de denunciar ou criticar aquilo que se retrata. A relação entre a intenção do artista e a recepção do público não é simples e dada de antemão como se quer fazer crer. Há múltiplos conflitos e tensões nesse processo, mas certamente o silenciamento pela censura não é uma alternativa. Afinal, se não se puder falar ou representar algo, como se pode viabilizar a reflexão crítica e o juízo moral sobre esse mesmo algo?

[…]

Do mesmo lado, ainda que tivesse de estar do lado contrário à patrulha moral, o Banco Santander que, antes mesmo de dar oportunidade ao curadores e aos artistas para responder às acusações em um debate público, cedeu à pressão dessa minoria violenta e conservadora. Assim, determinou o encerramento antecipado da exposição, desrespeitando a equipe toda, desperdiçando o dinheiro público ali investido e chancelando, institucionalmente, uma censura moral injustificada.

Este caso consiste em precedente muito perigoso. Os grupos moralmente conservadores estão conseguindo, cada vez mais e ainda mais depois do golpe de 2016, pautar políticas públicas no campo da educação e da cultura.

[…]

Isso é fundamentalismo conjugado com poder político e econômico, que resulta em censura. Não se trata de defender ou de gostar dos trabalhos em si, mas tampouco se trata de esperar que a função da arte seja agradar o senso estético e moral de todos.

Íntegra no site da revista, em https://revistacult.uol.com.br/home/queermuseu-e-o-obscurantismo-dos-cidadaos-de-bem/

Arquivado em: sociedade Marcados com as tags: arte, autoritarismo, bancos, censura, conservadorismo, Cultura, fascismo, liberdade, liberdade de expressão, MBL, Movimento Brasil Livre, nazismo, patrulhamento político, policiamento político, política, Queermuseu, religião, religiões, religiosos, Santander, Santander Cultural, sociedade

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