E o pessoal da Porta dos Fundos mandou bem de novo. Agora no clipe da música Oitavo Andar, da Clarice Falcão.
A música é bonitinha e mescla melancolia e bom humor. E o clipe, com muito humor negro e inteligência.
Confira:
Prefiro construir pontes a muros
por Celso Bessa
E o pessoal da Porta dos Fundos mandou bem de novo. Agora no clipe da música Oitavo Andar, da Clarice Falcão.
A música é bonitinha e mescla melancolia e bom humor. E o clipe, com muito humor negro e inteligência.
Confira:
por Celso Bessa
Há 3 dias que estou rindo com os vídeos do Porta dos Fundos, no YouTube. Roteiros e atores ótimos e produção competente. Engraçado sem ser apelativo e bem lembra muitos bons momentos do TV Pirata.
Nada mais a dizer. Assista abaixo:
Porta dos Fundos – Nome do Bebê
Porta dos Fundos – KKKKKK
Porta dos Fundos – Teste Pra Saci
por Celso Bessa
Toda vez que eu vejo alguém apontando o dedo para uma pessoa pública ou algum caso de destaque na mídia e dizendo que ele é culpado de algo quando é apenas acusado, investigado ou processado, eu fico indignado tanto pelo suposto crime ou má ação, quanto pela conduta das pessoas que acusam sem provas, sem levar em considerações alguns princípios importantes, uma reprodução do comportamento nefasto da Inquisição Espanhola e do caso das Bruxas de Salém.
Isto acontece muito em crimes comuns que ganham projeção na mídia ou hediondos, mas acontece especialmente acusações relacionadas à política, com figurões de todos os partidos, especialmente do partido que estiver no poder. Hoje em dia é com o PT, e esta semana em especial, o Lula, mas não se engane, acontecerá com qualquer partido no poder.
A questão é que acusar é fácil, e tratar como culpado alguém que é acusado é mais fácil, e leviano.
Quando vejo isto, sempre imagino alguém X entrar no perfil da pessoa Y e acusá-lo de coisas como:
Quanto mais virulenta a acusação de X, mais virulento imagino a acusão que a Y cria para para X e fico imaginando se X se toca que está fazendo o mesmo e lembrar que mesmo quando acreditemos que fulano ou cicrano é culpado – e honestamente, eu tenho acredito que muita gente é culpada – devemos manter alguns princípios em mente:
Esquecer estes princípios e os direitos básico quando se trata dos outros – mesmo em caso de crime hediondo – é abrir a precedente para que se faça o mesmo conosco. Se você acredita que o abuso é aceitável em relação a pessoa ou grupo X, Y e Z, ele também se torna aceitável a você.
Então, que tal controlar um pouco os impulsos de seu dedo indicador da próxima vez que pensar em culpar alguém?
Texto relacionado:
por Celso Bessa
Confira entrevista em inglês de Larry Page, do Google, na revista Fortune. Clique em http://j.mp/127MpI1
por Celso Bessa
Detesto saudosismo, mas uma declaração do Danilo Gentilo hoje me deixou muito saudosista do humor praticado antigamente.
Segundo a Folha de São Paulo – o latifúndio de liberdade de imprensa-, Danilo Gentili disse invejar a liberdade de humoristas das antigas e que qualquer grupo minoritário hoje,se sentir como ofensa, o processa. (leia aqui)
E ainda complementa dizendo:
“Nitidamente, em dez minutos de ‘TV Pirata’ ou ‘Trapalhões’ você vê piadas que não encontra mais na TV hoje.“
De fato, Gentili, você está certo, não há mais espaço piadas como as do TV Pirata. Mas não como você pensa e nem pelo motivo que você pensa.
Me acompanhe e compare sua frase sobre King Kong e jogadores de futebol e a cena abaixo, do TV Pirata.
Sua frase:
“King Kong, um macaco que, depois que vai para a cidade e fica famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é? Jogador de Futebol?”
Agora a esquete do TV Pirata, onde um rapaz se assume negro para a família, que não o aceita.
Realmente vemos uma piada que não vemos mais hoje – Ou, permita-me corrigir, humor que não vemos mais hoje, pois o humor não é apenas piada. Vamos comparar o seu humor, com o humor de TV Pirata
Um dos dois exemplos bate na vítima de preconceito, que é reforçado.
Outro bate em quem pratica o preconceito de cor e raça, bate no preconceito de sexualidade de forma sutil e na auto-negação, numa época pós-ditadura (de verdade) e que os negros viviam uma situação ainda pior de racismo, e termina como uma exortação à valorização do negro. E subverte o uso do Blackface, um artifício tradicionalmente usado para reforçar o humor preconceituoso e racista.
Um dos dois é genial e instigante, outro é raso e chulo. Não tem comparação.
Quer saber? Pensei em te criticar e dizer que você é muito audacioso e prepotente ao se comparar ao TV Pirata, mas agora não creio que seja isto.
Acho sim que você é vítima, um reflexo do que boa parte do público é e busca, e quem manda é a lei da oferta e procura, certo? Se é humor chulo e raso que o público busca, se é a manutenção de preconceitos que o público pede, alguém ter que dar isto a eles, não é? Se o humor hoje é limitado a piadas de escárnio, que podemos fazer? Alguém ter que suprir esta demanda certo? Você é apenas um produto ou um cúmplice – como bem disse o Alex Castro.
Só acho triste você, a exemplo de muitos, não ter idéia do poder que tem e se contentar em ser um produto meia boca. Você tem um ótimo timing e cara de pau e momentos bons como aquela piada da ambulância no trânsito que tem no documentário O Riso dos Outros, mas você se contenta em ser um produto, uma prostituta do riso, como disse no mesmo documentário, quando poderia ser produtor de algo realmente significativo e positivo.
Eu realmente gostaria de engolir minhas palavras no futuro e tecer mais elogios que críticas à esta geração de humoristas. E para ajudar, seguem abaixos alguns vídeos e links muito interessantes sobre humor, ética e inteligência.
Mas, quem se importa inteligência e ética no humor? O importante é o produto vender, e todo mundo rir, né?
Uma esquete do Monty Python com uma “palestra acadêmica” sobre o humor, em inglês, com legendas.
Documentário ótimo discutindo os limites e características do humor.
Em inglês, um episódio onde o tema e o humor funciona em vários níveis, uma mesma piada ecoa de forma engraçada e inteligente em cada uma das esquetes e é muito bem utilizado para amarrar o programa inteiro, como um fractal, e as piadas e roteiro deste episódio ainda dialoga e ecoa em outras episódios.
Manja aquele filme A Origem (Inception) de sonhos dentro de sonhos e tal? Deja Vú é o A Origem do humor. Uma obra prima, uma obra prima… manja aquele filme A Origem (Inception) de sonhos dentro de sonhos e tal? Ahhhhh!! Manja aquele filme A Origem? Ahhhhhhh!!!!!!!!
4 Coisas que as pessoas estão erroneamente pensando que são automaticamente engraçadas (em inglês). Auto explicativo.
http://www.cracked.com/blog/4-things-people-mistakenly-think-are-automatically-hilarious/
por Celso Bessa
Earth as Art é um ebook da NASA com belas fotos da terra. O livro é gratuito, em PDF e pode ser baixado em http://j.mp/UrNAuc
Confira algumas das fotos.
por Celso Bessa
Embora eu pretenda manter um e-reader E uma tablet, acho o Kindle Fire uma excelente opção para presente de Natal e um excelente concorrente para iPad. Melhor ainda que a Amazon está chegando com seus ebooks no Brasil e mexendo com o mercado (confira a polêmica da Amazon entrando no Brasil aqui). Ainda mais com o desconto de US$ 50 que está oferencendo, só hoje.
Confira em http://j.mp/122sbPW
por Celso Bessa
Post ótimo da Lúcia Freitas no Ladybug, sobre a postura ANL – Associação Nacional de Livreiros – em relação a livros digitais e o impacto disto na cultura e no bolso dos brasileiros.
Reproduzo o texto aqui e recomendo que confira o original e comentários em http://bit.ly/11WW0Bp
Eu já contei aqui o meu sofrimento para comprar um livro digital aqui no Brasil (http://ladybugbrazil.com/2011/08/atencao-livraria-cultura-eu-vou-comprar-na-amazon/). Aí a Amazon chega, o Google libera livros e… claro que os seres que comandam a distribuição – as livrarias e seus donos – não demoraram em soltar uma carta aberta recheada de palpites que, claro, ignoram solenemente exatamente o que eles dizem querer proteger: a cultura nacional. Não, não tem link porque publicaram o texto em PDF (que está aqui para você ler)
Trechinho que disparou a minha indignação:
(…)Mirando-se na experiência acumulada pela indústria cinematográfica que soube preservar, apesar de todas as turbulências e transformações recentes, sua cadeia de distribuição, a ANL, principal entidade em defesa dos livreiros brasileiros, através de sua diretoria, se manifesta e compartilha as seguintes orientações:
- Recomendamos estabelecer um intervalo de 120 dias entre o lançamento dos livros impressos no formato de papel no mercado brasileiro e sua liberação nas plataformas digitais.
- Solicitamos que o desconto para revenda do livro digital para todas as livrarias e para as demais plataformas seja uniforme, possibilitando igualdade de condições para todos os canais de comercialização nesse novo suporte de leitura.
- Sugerimos que a diferença de preço a menor do livro digital para o formato impresso seja no máximo igual a 30%.
- Na hipótese de a editora ou distribuidora vender diretamente ao consumidor final, o desconto nos livros digitais não deverá exceder 5%.
Portanto, com a preocupação da difusão da cultura e do livro, a ANL almeja o crescimento e fortalecimento da estrutura do mercado que refletirá diretamente no avanço da cultura e da educação no país.
Avanço da cultura e da educação? Como assim, meus senhores? A grande questão cultural é exatamente o preço. A Amazon faz a revolução criando meios de espalhar isso pra todo canto: nos celulares, por exemplo. E aqui no Brasil, temos mais de dois aparelhos por habitante, já. Conheço seres com três ou quatro.
Ler, amigos da ANL, é questão de costume. Eu sou leitora compulsiva (menos de bula, porque as letras são muito pequenas). Leio muito, desde pequena, sempre incentivada pela família. E tenho lido mais, muito mais, desde que instalei o aplicativo Kindle, da Amazon, primeiro no Tablet e depois no celular.
Os senhores não entenderam. Sabiam da chegada do gigante e ficaram quietinhos, sem se mexer. Agora durmam com o barulho. Porque eu quero ler TUDO no Kindle. Que me permite marcar, consultar dicionário, compartilhar com os meus amigos com um clique. Eu COMPRO COM UM CLIQUE.
Vocês vão vender menos? Problema de vocês. Livre iniciativa é isso: se tem algo melhor, ganha. E o consumidor é REI. Quem manda somos nós, não vocês.
Livros eletrônicos simples de baixar, fáceis de ler, nas pontas dos meus dedos e à disposição dos meus olhos. Quer dizer, os livros que compro na Amazon. No Brasil, eu sou roubada, porque compro e ninguém entrega – é um inferno conseguir ler. Para eu poder viajar nas boas histórias, nas teorias, no conhecimento que flui, apesar de vocês e dos preços escorchantes dos livros brasileiros.
Eu compro livros da Amazon há anos (desde 1996, para ser mais exata). Vocês embarreiraram a minha vida conseguindo impostos sobre estas compras. Ok, eu engoli. Vocês fizeram lobby, nós aqui, nem tínhamos blogs para nos expressarmos. Quanto mais associação nacional dos leitores.
E o mundo mudou. Não foi pouco. Agora temos blogs, Facebook, Twitter. E uma rede que, apesar de seus males, é para o bem, para cultura e para o conhecimento.
A indústria cinematográfica (e a fonográfica também) ainda não entendeu isso. Vocês, livreiros, vão seguir este caminho? Vão escolher justamente o modelo que não dá certo? Reinventem-se. Abram lojinhas menores. Financiem bibliotecas. Invistam na formação de leitores. Parem de atolar o Congresso – que tem coisas muito mais sérias para resolver – e se virem nos 30, como diria o Faustão.
Sabem há quanto tempo eu não compro um livro em papel? Há mais de três anos. Só tenho lido em inglês, tudo comprado legalmente e transferido em segundos para os meus aparelhos. O último livro que comprei, mês passado, foi em uma grande livraria, para dar de presente (só porque não existe a versão digital, as publicações digitais brasileiras são de última qualidade e categoria, um aborrecimento).
Não, não vou me solidarizar com vocês.
Eu quero livros em bom português, a R$ 2 (a Amazon vende versões Kindle a US$ 2 ou 3 dólares), entregues no meu aplicativo, sem drama, complicação ou atraso. De preferência, antes do livro em papel chegar às suas prateleiras.
Tenho certeza absoluta que não estou sozinha. Somos uma multidão que está pronta e querendo comprar livros, música e filmes em formato digital, a preços bons (não a R$ 23, a R$ 10!), entregues onde a gente quiser.
Detalhe: eu tenho 47 anos. E tem muito mais gente com a minha idade (ou mais) que também tem este desejo. Sem contar os milhões de jovens que dominam muito bem todos estes meios.
Estamos todos comemorando porque não temos mais que pedir pro amigo trazer o aparelho Kindle na bagagem. Agora vamos comprar aqui, a preço justo, a ferramenta que nos permite ler e trocar livros, anotar trechos, etc. Saibam: não existe igualdade entre canais. Existe, sim, a supremacia do digital. Esperar quatro meses pro lançamento estar no meu Kindle? Vocês perderam a noção do perigo! Isso só vai incentivar os males que as gravadoras e estúdios criaram: piratear. Mais claro: quem criou os piratas foi quem tentou cercar o conteúdo.
A maioria dos cidadãos digitais/digitalizados/integrados que pagar ao autor, ao criador. O que ele merece. Chega de atravessadores. Chega de escorchar os outros e sair dizendo que estão defendendo a cultura do livro. Que cultura? Esta que aí está? Vamos falar sério, por favor!
E chega de atrapalhar o consumidor e os cidadãos em nome do interesse de meia dúzia de livrarias – porque os senhores mesmo falam da concentração.
O último conselho? É para você, que gosta de ler e quer liberdade. Se indigne! Escreva a sua opinião (com toda educação, peloamor) para anl@anl.org.br