“A letra não tem nenhuma metáfora. É direta e reta sobre o que esses agentes recém-formados são preparados para fazer: “Bate na cara, espanca até matar. Arranca a cabeça e joga ela para cá. O interrogatório é muito fácil de fazer: eu pego o vagabundo e bato nele até morrer. Essa daqui poucos conhecem. É faca da PM que cancela CPF”. Pelo que nossa redação apurou, trata-se de uma adaptação de outro “proibidão” militar chamado “Eu sou a morte” – parte do cancioneiro de guerra das Forças Armadas.
Imagine se essas mesmas palavras fossem letras de expressões periféricas e pretas no funk ou rap. A imprensa hegemônica e os conservadores já teriam gritado “isso é apologia ao crime”. E quando são agentes públicos pagos com o dinheiro dos nossos impostos gritando esse tipo de coisa a plenos pulmões? É o quê? A 5ª Sinfonia do Beethoven?”
Trecho do boletim da Ponte, comentando a notícia “Canções de TFM normalizam lógica de guerra e impõem ideal heróico à PM, diz especialista”, sobre mais um caso expondo a mentalidade criminosa que é inculcada nos membros das polícias militares brasileiras.
Para assinar o boletim da Ponte, clique aqui. Para apoiar o jornalismo feito pela Ponte, clique aqui.