
“Esqueça o Big Brother. Agora são as startups que vigiam os trabalhadores.
À medida que a inteligência artificial remodela o futuro do trabalho, uma nova forma de vigilância digital está se espalhando silenciosa e rapidamente pelo mundo — não por meio de Big Techs, mas por meio de startups menos conhecidas, provedores regionais de software de RH. Little Tech Goes Global: The Expansion of AI and Workplace Surveillance (Pequenas Tecnologias se Globalizam: A Expansão da IA e da Vigilância no Local de Trabalho), um novo relatório da Coworker.org, expõe como esse ecossistema das “Pequenas da Tecnologia” está incorporando vigilância e controle algorítmico ao cotidiano dos trabalhadores — muitas vezes sem seu conhecimento, consentimento ou proteção.
Expandindo nossa pesquisa de 2020, este relatório mapeia a ascensão global da gestão algorítmica em seis países — México, Colômbia, Brasil, Nigéria, Quênia e Índia — onde as estruturas legais estão desatualizadas, são mal aplicadas ou inexistentes. De trabalhadores autônomos rastreados por reconhecimento facial e GPS a trabalhadores de saneamento multados por descansarem enquanto usam dispositivos de “segurança e bem-estar”, O relatório revela como startups apoiadas por capital de risco estão exportando tecnologia de vigilância para o Sul Global, visando regiões com proteções de privacidade e supervisão regulatória mais fracas.
Este não é um problema distante. Está acontecendo agora — na sua cidade, no seu trabalho e talvez nos seus próprios dispositivos.”
Leia mais sobre isso no relatório, em inglês, Little Tech Goes Global: The Expansion of AI and Workplace Surveillance, publicado pela CoWorker.org e de coautoria de Wilneida Negrón, Ayden Férdeline, e diversos pesquisadores/investigadores do Sul-global: Fabricio Barili, Gurshabad Grover, Chukwuyere Ebere Izuogu, Vidushi Marda, Mariel Garcia-Montes, Oarabile Mudongo, e eu.
