Whitewashing (“substituir, na industria cinematográfica, personagens fictícios ou históricos, de etnia estrangeira, por atores norte-americanos ou de cor branca” como diz na Wikipedia) é, ao lado da ideia de apropriação cultural, um tema cercado de polêmica.
Independente da sua postura em relação à discussão sobre o Whitewashing, é importante entender os fenômenos sociais e acontecimentos históricos relativos ao tema e como as narrativas artísticas e do entretenimento ajudam a moldar a história e reforçar estes fenômenos sociais.
Whitewashing: dois exemplos nas artes e no entretenimento
Ontem esbarrei em dois exemplos que acho bem emblemáticos, ambos em inglês.
- a transformação da primeira esposa de Johnny Cash, Vivian Liberto (ou, como era mais conhecida, Vivian Cash), de negra para branca na cinebiografia com Joaquin Phoenix, Reese Whiterspoon e Ginnifer Goodwin. Ainda pior pois toca também numa cultura machista e o fato de Vivian ser negra é extremamente relevante, justamente por que o racismo é ainda maior na cultura e época em que Vivian e Johnny eram casados
Leia em Black is an Invisible Color no blog Monkey Wrenching.
- como a brancura do mármore ajudou a apagar a importância de o etnias não-europeias da história ocidental. Embora este me pareça menos intencional que o primeiro, também serve para lembrar que é preciso um forte senso crítico ao interpretar os elementos históricos.
Leia em Marble helped scholars whitewash ancient history na Vice americana (o vídeo segue abaixo)