• Pular para navegação primária
  • Skip to main content
  • Home
  • Sobre/About
  • Projetos
  • Fotografia
  • Blog
    • Feed/RSS
  • Boletim/Newsletter
    • Humanist Techology Newsletter
    • Boletín Tecnología Humanista
    • Boletim Tecnologia Humanista

Celso Bessa (sɛwsʊ bɛ:sa)

Prefiro construir pontes a muros

Você está em: Home / blog / sociedade / Da falta de civilidade e bom senso 1: acusado não é culpado

Da falta de civilidade e bom senso 1: acusado não é culpado

12 dezembro, 2012 por Celso Bessa

A Inquisição Espanhola

Toda vez que eu vejo alguém apontando o dedo para uma pessoa pública ou algum caso de destaque na mídia e dizendo que ele é culpado de algo quando é apenas acusado, investigado ou processado, eu fico indignado tanto pelo suposto crime ou má ação, quanto pela conduta das pessoas que acusam sem provas, sem levar em considerações alguns princípios importantes, uma reprodução do comportamento nefasto da Inquisição Espanhola e do caso das Bruxas de Salém.

O Julgamento das Bruxas de Salém
O Julgamento das Bruxas de Salém

Isto acontece muito em crimes comuns que ganham projeção na mídia ou hediondos, mas acontece especialmente acusações relacionadas à política, com figurões de todos os partidos, especialmente do partido que estiver no poder. Hoje em dia é com o PT, e esta semana em especial, o Lula, mas não se engane, acontecerá com qualquer partido no poder.

A questão é que acusar é fácil, e tratar como culpado alguém que é acusado é mais fácil, e leviano.

Quando vejo isto, sempre imagino alguém X entrar no perfil da pessoa Y e acusá-lo de coisas como:

  • Você é um corno
  • Você é uma cadela devassa e adúltera
  • Oi, eu sou da revista X e queria sua versão da acusação de que você desviou dinheiro do seu trabalho
  • Você induziu XXXXX a se matar
  • Sua mulher diz que você está broxa, mas a mim você comeu direitinho.
  • Você isso e aquilo

Quanto mais virulenta a acusação de X, mais virulento imagino a acusão que a Y cria para para X e fico imaginando se X se toca que está fazendo o mesmo e lembrar que mesmo quando acreditemos que fulano ou cicrano é culpado – e honestamente, eu tenho acredito que muita gente é culpada – devemos manter alguns princípios em mente:

  • Acusado, investigado e processado não são sinônimos de culpado.
  • Presunção de inocência: ninguém é culpado até que se prove o contrário
  • Todo mundo tem direito à defesa
  • Fofoca é feio
  • Civilidade vai bem na maioria das circunstâncias

Esquecer estes princípios e os direitos básico quando se trata dos outros – mesmo em caso de crime hediondo – é abrir a precedente para que se faça o mesmo conosco. Se você acredita que o abuso é aceitável em relação a pessoa ou grupo X, Y e Z, ele também se torna aceitável a você.

Então, que tal controlar um pouco os impulsos de seu dedo indicador da próxima vez que pensar em culpar alguém?

A Inquisição Espanhola
A Inquisição Espanhola

Texto relacionado:

Derrubando o perigoso “Quem não deve, não teme”

Arquivado em: sociedade Marcados com as tags: comportamento, direitos, Inquisição Espanhola, legislação, redes sociais, Salém, sociedade

Sobre Celso Bessa

Prefiro construir pontes à muros. Cidadão, desenvolvedor,Media Democracy Fund fellowship alumni e fundador da WoWPerations.

Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (exceto fotografias com produto de terceiros ou pessoas)
Otimizado pela WoWPerations e hospedado na Digital Ocean
(Assinando Digital Ocean através deste link do programa indicação, você ganha crédito de 100 dólares para serem utilizados em até 60 dias, e eu ganho uma pequena comissão)