I am all for it!
Prefiro construir pontes a muros
por Celso Bessa
I am all for it!
por Celso Bessa
Só repostando aqui minha ranzice no FB:
Roleta do unfollow, vindo de um cara com 2 tatuagens no tema:
O Despertar da Força é uma refilmagem medíocre, na melhor da hipóteses. É o Guerra Nas Estrelas original requentado e anabolizado, cuja única coisa que faz bem é tocar o núcleo de saudosimo de fã.
Pelo que posso ver do trailer, Star Wars Rogue One já começa em vantagem por ser uma história inédita, de algo realmente importante na mitologia Star Wars.
E o tom se aproxima dos melhores e mais dramáticos episódios de Star Wars Rebels e Star Wars: The Clone Wars(*), duas séries mais interessantes que tudo o que foi feito sobre a franquia desde X-wing para DOS e Star Wars: Dark Forces
* = Dá para assistir ambas as séries no Amazon Prime.
Em 2001, quando A Ameaça Fantasma O Ataque dos Clones foi lançado, eu trabalhava num portal de internet. Um dia, chega o press release da Fox sobre o lançamento do filme, detalhando personagens e pedindo para chamarem o Count Dooku de Conde Dookan, e Syfo Dias de Saifo Vias. Foi um dos dias que mais ri na minha vida. Humor 5.a série, eu sei, mas fazer o quê?
por Celso Bessa
Uns dois anos atrás o David F. Mendes escreveu, em Um Ator Fingindo Ser Uma Pessoa Não é Um Personagem:
“Olha, na verdade, um personagem é um elemento dependente de uma trama, de um enredo ou de uma situação. Essa é a grande questão. Claro que muita gente pode achar que não é assim. Mas, na verdade, quando você tem um suposto personagem fora de um contexto, história ou enredo, tudo o que você tem é um ator fingindo que é uma pessoa.”
(Leia a íntegra no site do David)
Creio que Game of Thrones tenha dado um ótimo exemplo reverso disto no episódio ontem, Door (S06e05), com um baita personagem que diz única palavra por 99% da série e 100% dos livros até aqui: Hodor. E não é só uma palavra ou seu nome, é o que o define e define seu propósito na trama.
Fantástico.
“Hodor”
(Hodor, A Song of Ice and Fire)
PS: amiguinhos, dá para falar e desabafar e dizer o quanto chorou ontem sem dar #spoiler
PS: A caixa com os 5 livros já lançadas está com um preço razoável na Amazon Brasil.
#GOT
por Celso Bessa
As Game of Thrones paid homage to Monty Python and The Holy Grail before (aside the classic Meereen Champion scene, there Davos Seaworth mention to “Kneegits”) and last week episode plot “twist” (s06e02). This Holy Grail scene could easily take place in Westeros
“I am not dead yet! I am getting better!”
:-)
por Celso Bessa
A Amazon não é nada boba e anda investindo forte para tornar o Amazon Prime, um dos mais fortes canais para assistir séries e filmes.
[atualização: também tem as duas temporadas de Star Wars Rebels e as 6 temporadas de Star Wars – The Clone Wars]
Para quem não conhece, Amazon Prime é a superassinatura da Amazon que além frete grátis e condições especiais nas compras de produtos físicos, dá acesso a toda a biblioteca de ebooks do Kindle, mais um enorme catálogo de filmes e livros no formato digital, entre produções originais e de terceiros, muitas vezes antes do lançamento oficial em Blu-ray ou nas TVs à Cabo. E a empresa anda fechando bastante acordos para ser a plataforma digital de diversos canais de TV tradicionais.
Os dois exemplos mais recentes são Showtime, que tem em sua programação, por exemplo, Homeland e Penny Dreadful, e Starz, que tem, entre outros, a série Ash VS The Evil Dead, que traz para a TV o universo da série de filmes de terror+comédia Uma Noite Alucinante/A Morte do Demínio (The Evil Dead) de Sam Raimi. Quem tem o Amazon Prime pode comprar a programação dos dois canais como pagando um adicional de 3 dólares.
Fico imaginando como será quando a Amazon colocar os dois pés no Brasil (hoje só vendem livro no site brasileiro). Tem um potencial que tem para quebrar a hegemonia global — por exemplo, se resolver ser a plataforma digital de outros canais de TV — e de alavancar produtoras independentes, mas também um potencial muito grande para fortalecer monopólios, ou criar um novo monópolio.
O que acontecerá, não dá para arriscar um palpite seguro. Mas de um jeito ou de outro, pelo por enquanto, quem ganha é o espectador.
Para quem ficou interessado, o Amazon Prime pode ser testado por um mês grátis. Lembrando que, como o serviço ainda não foi lançado oficialmente no Brasil, quem quiser assistir aos filmes e séries a partir daqui vai precisar usar um proxy ou VPN e assinar a Amazon Prime no site gringo, que você pode acessar clicando aqui.
por Celso Bessa
Talvez eu volte neste assunto de forma mais profunda, mas só queria deixar registrado que The Hateful Eight (Os Oito Abomináveis)*, de Quentin Tarantino, é uma alegoria muito boa para o Brasil, embora, obviamente, seja uma alegoria para os Estados Unidos da América.
“A parte boa do justiçamento é que sacia a sede.A parte ruim é que pode ser errada tanto quanto pode ser certa […] justiça feita sem objetividade está sempre em risco de não ser justiça. (**)”
“Vendido” como um faroeste, para mim no fundo é um filme de terror, ou horror. E digo isto não só pela referênciase similaridades com clássicos do terror como Enigma de Outro Mundo (The Thing, John Carpenter), de quem empresta muito (música, cenário e até a dobradinha paranóia/ claustrofobia).
É preciso atenção e estômago para assistir pois é um filme violento, bastante violento — como todo filme de Tarantino — , mas incomoda menos pela violência visual explícita e mais por seus significados. Ora me fazia pensar em um Game of Thrones no velho oeste americano, ora trazia Postais Para Charles Lynch, projeto de fotografia do coletivo Garapa que ganhou a bolsa Zum de Fotografia no ano passado às minhas memórias.
Não é a toa que o trailer oficial em inglês termina com “passe o Natal com alguém que você odeia.”
* = Prefiro evitar o usar o título oficial no Brasil, Os Oito Odiados, que subverte a idéia de ódio no título, sem que isto realmente acrescente algo à alegoria.
** = No original: “Now, the good part about frontier justice is it’s very thirst quenching. The bad part is it’s apt to be wrong, as right […] justice delivered without dispassion, is always in danger of not being justice.”
por Celso Bessa
“Atrás dos White Walkers só vai quem já morreu!” é o nome do samba enredo da Escola de Samba Acadêmicos de Winterfell, que ainda não sabe se ficará desfalcada do seu puxador, João das Neves, que sofreu um grave acidente no ano passado e mas que provavelmente volta este ano.
Será triste se não tivermos um dos mais importantes sambistas do norte de Westeros entre nós, que sempre começava o desfile com sua chamada típica:
“Olha a longa noite chegando aí, gente!
O verão está acabando, o sol perde seu ardor.
Ygritte disse ‘sei de nada’, mas ela mente.
Winter is coming! Winter is coming, meu amor!”
Só para dizer que vou fazer maratona Game of Thrones no Carnaval.
por Celso Bessa
“This drug thing, this ain’t police work. No, it ain’t. I mean, I can send any fool with a badge and a gun up on them corners and jack a crew and grab vials. But policing? I mean, you call something a war and pretty soon everybody gonna be running around acting like warriors. They gonna be running around on a damn crusade, storming corners, slapping on cuffs, racking up body counts. And when you at war, you need a fucking enemy. And pretty soon, damn near everybody on every corner is your fucking enemy. And soon the neighborhood that you’re supposed to be policing, that’s just occupied territory.
Soldiering and policing, ain’t the same thing.”
Em traducção livre:
“Essa coisa de drogas, isso não é trabalho policial. Não, não é. Quero dizer, posso enviar qualquer idiota com um distintivo e uma arma nos cantos, levantar uma tripulação e pegar papelote. Mas chamar de policiamento? Quero dizer, você chama algo de guerra e logo todos estarão correndo por aí agindo como guerreiros. Eles estarão correndo em uma maldita cruzada, dando batida em esquinas, colocando algemas, acumulando contagens de corpos. E quando você está em guerra, precisa de um maldito inimigo. E muito em breve, quase todo mundo em cada esquina é o seu inimigo. E logo o bairro que você deveria policiar, esse é apenas um território ocupado.
Ser soldado e ser polícia não são a mesma coisa.”
Frase do personagem Major Colvin, em Reforma, um ótimo episódio de uma das melhores temporadas de A Escuta (The Wire).