Jornalismo como deve ser feito na matéria da Agência Pública sobre as relações de poder e econômicas nos transportes urbanos do Rio de Janeiro e que, acreditem, existem em todas as outras cidades pelo Brasil.
Muito além dos Barata
Com base em dados da Receita Federal, identificamos os proprietários das empresas que formam os consórcios de ônibus no Rio. Conheça a história de alguns deles.
Ex-candidato a deputado acusado de homicídio, ex-assessora de deputada condenada por fraude eleitoral, empresário condecorado por vereador beneficiado por seus financiamentos de campanha, proprietários de contas em paraísos fiscais e muito mais. Engana-se quem pensa que a família Barata reina sozinha no ramo de transporte público via ônibus no Rio de Janeiro. A lista é longa e o perfil dos empresários, diverso.
Atrás dos Baratas, líderes do setor, há diversos outros grupos expressivos, como o Grupo Redentor, JAL, Rubamérica e Real Auto, além de empresas menores. São eles que comandam as concessões de transporte público rodoviário na capital carioca, por meio dos quatro consórcios que atuam em distintas regiões da cidade (Santa Cruz, Transcarioca Internorte e Intersul). Com base em dados declarados pelas empresas à Receita Federal, a Pública identificou os proprietários das 39 empresas que formam esses consórcios. Estão aí tanto os primeiros empresários do ramo – Jacob Barata, José de Castro Barbosa (o Zé do Pau), José Ferreira etc. – como novos executivos e herdeiros. A transição entre gerações é uma preocupação no setor, tanto que a Fetranspor criou um programa exclusivo para orientação de herdeiros na sucessão dos negócios.
Enquanto as investigações da Lava-Jato avançam sobre os negócios do transporte no Rio de Janeiro, conheça os principais donos dos ônibus na cidade.
Dá nome aos bois, lista relações e histórias que servem como ótimos exemplos do patrimonialismo como mencionado pelo Fernando Haddad no texto da Revista Piauí meses atrás. Leia a íntegra em http://apublica.org/2017/08/muito-alem-dos-barata/