Tenho a impressão que a execução da vereadora carioca Marielle Franco é nosso Francisco Fernando (Franz Ferdinand) e que historiadores do futuro verão 14/03/2018 como o dia que nossa guerra civil não-declarada deu passos gigantescos para a oficialização.
E não se engane, as reações à morte de Marielle — pacíficas ou não — serão usadas como desculpa para ações cada vez mais drásticas pelos donos do poder, para cada vez mais autoritarismo e excessões. Também será usada por muitos que querem se tornar donos do poder para manobrar e justificar ações cada vez mais radicais, numa espiral onde o único prognóstico seguro é o derramamento cada vez maior de sangue inocente.
Resistir é preciso.