• Pular para navegação primária
  • Skip to main content
  • Home
  • Sobre/About
  • Projetos
  • Blog

Celso Bessa (sɛwsʊ bɛ:sa)

Prefiro construir pontes a muros

Asian Dub Foundation

David Bowie, o mestre assimilador

14 janeiro, 2016 por Celso Bessa

Acabei de ver o obituário do David Bowie no The Guardian. O artigo foi compartilhado no Facebook pelo Asian Dub Foundation, que é citado no artigo como uma influência no álbum Earthling, de Bowie, lançado em 1997.

Achei interessante pois demonstra uma característica de Bowie que para mim é das mais marcantes.

Enquanto a maioria das pessoas lembra de #DavidBowie como grande influenciador, o que se destacava para mim era o inverso: adepto da cut up technique de William Burroughs, Bowie tinha uma capacidade incrível de assimilar outros artistas, outras formas de expressão, outros caminhos como tecnologia e negócios (como quando lançou ações sobre sua obra e “marca”).

Basta ver seus covers, colaborações e elogios a Trent Reznor, Pixies, etc para perceber que ele não tinha problema em assumir estas influências de artistas que muitas vezes eram MUITO mais novos e menos conhecidos que ele, alguns que talvez ele fosse a inspiração para terem se tornado artistas. Um mestre humilde, se curvando aos discípulos e fazendo jus ao apelido, repetido como clichê na maioria dos textos sobre ele (principalmente nos últimos dias) e que a maioria das pessoas associa à sua imagem, não a seu som: camaleão. Algo que fica bem evidente em Black Star, faixa-título do seu último álbum, que nos seus quase 10 minutos passa por um bocado de mudanças estilísticas. Se Lazarus, outra faixa do disco, parece o adeus do homem Bowie antes de voltar às cinzas, Black Star é seu testamento como músico.

David Bowie agachado segura um livro, como escritura sagrada
Fotograma do vídeo da música Black Star

Obituário de David Bowie no The Guardian

For the album Black Tie White Noise (1993), he reunited with Rodgers and sprinkled elements of soul, electronica and hiphop into the mix. It topped the UK album chart and yielded a top 10 single, Jump They Say.

However, Bowie’s quest for new sounds to plunder began to evince an air of desperation. Outside (1995) found him reunited with Eno and was another commercial success, despite its laborious concept and clumsy adoption of grungy, industrial sounds, while Earthling (1997) borrowed elements of the drum’n’bass style practised by such UK artists as Goldie and Asian Dub Foundation. One of the album tracks was I’m Afraid of Americans, originally written for the movie Showgirls but remade under the auspices of Trent Reznor from Nine Inch Nails. Released as a single, it sat on the US Billboard Hot 100 for four months.

Bowie was demonstrating unexpected forms of creativity in other areas. In 1997 he made history of a sort by launching his Bowie bonds, whereby he netted $55m upfront by surrendering his royalties over the bonds’ 10-year term. In 2000, he delved into online banking with BowieBanc, giving customers an international banking service as well as cheques and debit cards with his picture on them.

New media and technology influenced his recordings too. His 1999 album Hours… was based around music he had written for a computer game called Omikron, in which Bowie and Iman appeared as characters. Some listeners detected a return to the Hunky Dory days in the album’s reflective, self-analytical musings, though the songs could not match those former glories.

Confira a íntegra, em inglês, em http://www.theguardian.com/music/2016/jan/11/obituary-david-bowie

Vídeo: Black Star

E o álbum completo aqui

Arquivado em: música Marcados com as tags: art, arte, Asian Dub Foundation, Black Star, David Bowie, história, morte, music, música, Nine Inch Nails, obituário, Pixies, The Guardian

Um alienígena safado e 5 músicas nos confins do universo

3 dezembro, 2014 por Celso Bessa

(english version below)

Um extraterrestre me encontrou numa praia e me convidou para conhecer os mistérios do universo. Perguntei “posso levar alguém ou alguma coisa daqui?”. E ele respondeu que eu poderia levar 5 músicas, e apenas 5 músicas, para os confins do universo.

Passei a lista para ele, que gravou num aparelhinho e se mandou, rindo de mim.

  • Nina Simone – Sinnerman, a música que mais se aproxima da perfeição
  • Asian Dub Foundation – Scaling New Heights, pois no fim tudo vai ficar bem e já consegui entender mistérios do universo ouvindo esta música
  • O Rappa – Tribunal de Rua, pois o mundo é bacana, mas a vida é muito difícil
  • Tears for Fears – Sowing The Seeds of Love, para lembrar de uma pessoa que amo
  • Concerto para Harpa e Notebook – Valsinha, para lembrar o que é o amor

An alien scoundrel and 5 songs to the fringes of the universe

An alien, an extraterrestrial, found me in a beach and invited me to learn all the mysteries of the universe. I asked “can i take something or someone from here?”. He said i could take 5 songs, and only 5 songs, to the fringes of the universe.

I gave him the list, he downloaded and recorded the songs and left, laughing at me.

  • Nina Simone – Sinnerman, the only song which touched perfection
  • Asian Dub Foundation – Scaling New Heights, because everything is gonna be alright and once i could understand all the mysteries of the universe listening to it
  • O Rappa – Tribunal de Rua, because the world is cool, but life is hard
  • Tears for Fears – Sowing The Seeds of Love, to remember someone i love very much
  • Concerto para Harpa e Notebook – Valsinha, to remember what love is

Arquivado em: música Marcados com as tags: aliens, Asian Dub Foundation, Gerador Zero, música, Nina Simone, O rappa, Tears for Fears

Elitismo cultural, recalque, hipocrisia e incoerência. Ou, viva e deixe viver.

10 abril, 2014 por Celso Bessa

Esta tirinha abaixo, que vi no Facebook e foi feita pela Tailor, registra um comportamento muito mais comum do que eu gostaria: o elitismo cultural e a ditadura “bom” gosto, uma das muitas ditaduras cotidianas que vivemos.

Este comportamento é aquele de todo mundo que se acha antenado, moderno, bem informado, culto, dono do melhor gosto entre a humanidade e curador do que é melhor no mundo. Um comportamento espalhado por todas as camadas e redes sociais, o que demonstra nossa incapacidade crônica de aceitar a diversidade e o diverso e prova o quanto de #Recalque #Hipocrisia e #Incoerência permeia nossa vida.

A incoerência na disputa Rock VS Funk em tirinha de Tailor Grrrl
A incoerência na disputa Rock VS Funk em tirinha de Tailor Grrrl

Os primeiros tijolos de meu muro de #Recalque #Hipocrisia e #Incoerência caíram anos atrás, quando, ouvindo Enemy of the Enemy, do Asian Dub Foundation, percebi que era um funk pancadão, embora com letra politizada. “Poxa, é um funk. Eu digo que não gosto de funk e está aí a prova de que posso gostar. Vou separar o que é música do que é letra.”

Vídeo 1 – Enemy of The Enemy, de Asian Dub Foundation

Anos depois, ouvindo Closer, do Nine Inch Nails pela enésima vez, me dei conta do quanto a letra é mais explícita (embora, vá lá, mais elaborada e trabalhada) quanto qualquer funk. Tive que derrubar mais alguns últimos tijolos do muro.

Video 2 – Closer, de Nine Inch Nails

Os últimos tijolos foram derrubados quando ouvi uma versão de Rap das Armas, aquela música do Tropa de Elite, tocada em piano e acordeão emulando uma obra de Mozart, uma música romântica, tango e polka entre outros estilos.

Vídeo 3 – Rap das Armas no Piano e Acordeon

Por favor, né, pessoas? Menos recalque, menos hipocrisia e menos incoerência para derrubar este muro de elitismo.

Ou melhor, por quê ficar policiando tanto a vida alheia?

Viva e deixe viver!

Atualização: como sempre, South Park tem um episódio ótimo sobre este comportamento, Smug Alert. Na íntegra, em inglês, em http://www.southparkstudios.com/full-episodes/s10e02-smug-alert

Arquivado em: arte Marcados com as tags: Asian Dub Foundation, Cultura, elitismo, Funk, hipocrisia, música, Nine Inch Nails, recalque, Rock, sexismo, sociedade, Vinheteiro

Música: Modern Apprentice (Asian Dub Foundation)

3 março, 2014 por Celso Bessa

I am a modern apprentice
I believe in the life-long learning
‘Ain’t gonna take away this natural yearning
To know the truth
The truth about the lies you’ve been giving
It’s not a state of affairs that that I’m prepared to live in
I will find out for myself

(Asian Dub Foundation, Modern Apprentice)

Arquivado em: música Marcados com as tags: Asian Dub Foundation, música, vídeo

Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (exceto fotografias com produto de terceiros ou pessoas)
Otimizado pela WoWPerations e hospedado na Digital Ocean
(Assinando Digital Ocean através deste link do programa indicação, você ganha crédito de 100 dólares para serem utilizados em até 60 dias, e eu ganho uma pequena comissão)